Hipátia de Alexandria
Hipátia de Alexandria, nascida, provavelmente, entre os anos de 350 e 370 depois de Cristo. Tendo vivido em uma época em que o direito à educação não era garantido nem a todos os homens. Hipátia era filha de Téon, que era matemático, filósofo, astrônomo e um dos últimos diretores do Museu de Alexandria, no Egito, ela foi incentivada pelo pai, desde pequena, a estudar, estudou astronomia, religião, poesia, artes e ciências exatas. Por atuar em um ambiente extremamente masculino, Hipátia certamente era uma sábia acima da média, ou não teria exercido cargo como professora para a elite em Alexandria.
Atuando na matemática,
Hipátia desenvolveu estudos sobre a aritmética de Diofanto de Alexandria,
matemático grego do século 3 a.C., considerado o pai da álgebra. Segundo
estudiosos, Hipátia pretendia unificar as ideias de Diofanto com o
neoplatonismo, ela ainda desenvolveu trabalhos de ciências exatas e medicina. Tornou-se professora de matemática e filosofia. Com seu pai, Theon,
lançou comentários sobre os Elementos de Euclides – que são 13 livros sobre
geometria, álgebra e aritmética, escritos pelo matemático grego Euclides.
Posteriormente, virou diretora da Academia de Alexandria. Ela também analisou
os conceitos matemáticos da obra As Cônicas, escrita por Apolônio de Tiana,
filósofo e professor grego. De acordo com historiadores, ela tornou o documento
mais acessível e fácil de ser entendido.
Poucas
contribuições de Hipátia foram preservadas, pois muitos de seus projetos foram
perdidos durante a destruição da Biblioteca de Alexandria, que teria ocorrido
no século 6. Um de seus alunos, Sinésio de Cirene, declarou que ela
construiu um astrolábio (instrumento naval), um hidrômetro e um higroscópico
(material que absorve água). Hipátia também
foi professora de matemática para aristocratas pagãos e cristãos, sua
inteligência a levou a ser conselheira de Orestes, que fora seu aluno e depois
foi prefeito do Império Romano no Oriente. A
natureza especial de Hipátia, tratando todos os seus alunos igualmente, sendo
educada, tolerante e racional, desencadeou uma série de ciúmes que resultaram
em inimizades.
Por defender o
racionalismo científico, a matemática foi acusada de blasfêmia e sentimentos
anticristãos. Ela, no entanto, nunca declarou ser adversa ao cristianismo. Na
verdade, Hipátia dava aulas para pessoas de diversas crenças religiosas.
Uma emboscada tirou a sua vida. Hipátia nunca se casou e não teve filhos. Como a sua
morte foi muito violenta, declarou-se então que havia chegado ao fim o período
antigo da matemática grega. Por ter ousado a ser professora em uma época na
qual as mulheres não podiam fazer quase nada, muito menos ter acesso ao
conhecimento, sua trajetória torna-se uma inspiração até hoje. Considerada a primeira mulher matemática da
humanidade, ela ganhou um filme para contar a sua história: Alexandria, que
estreou em 2009.
Comentários
Postar um comentário